sexta-feira, julho 07, 2006

Crônica do grande amor

Esta crônica do grande amor nasce sem saber até onde vai, como todo amor que se preze, grande, pequeno, incerto ou tímido. Mas nasce baseada na alegria e na esperança de todo amor, cego, surdo, mudo ou manco. Porque o autor, sim, este defunto autor, este amigo do Andy (e da Josy), vejam vocês, quer falar do amor e do sorriso e inventar uns dogmas coloridos e risonhos.

O amor nos rouba as palavras e nos deixa sem saber como o escrever plenamente. Ficamos bobos. Sonhamos acordados. Abusamos dos clichês, dos chavões, dos trocadilhos, das canções do Chico e do Marvin Gaye. O amor me fez aposentar o barbeador, o barbeiro e a escova para me sentir mais bonito, mais dela, mais alegre e menino. O amor me fez apagar cigarros e esvaziar copos.

O amor simplesmente acontece e, caros amigos, se ainda não aconteceu, não aposente seu melhor sorriso porque ele ainda vai acontecer. O amor é infalível e ponto final. Não discutam com o amor, porque ele vai chegar e invadir seu armário, cortar seu cabelo, pintar suas unhas e até mudar sua dieta. Você pode ler essas linhas e me achar bobalhão, infantil, do tipo que apostou dinheiro na Seleção do Parreira e irá votar de novo no Lula. Você não sabe de nada.

Quem sabe sou eu, apaixonado, sorridente, morrendo de saudades. Eu sei que tenho um ideal na vida, um motivo pra olhar os três lados da rua antes de atravessar, uma razão pra jogar bonito na pelada. A minha vida ficou tão simples que sorrir se tornou a única resposta. Sorrir e dizer sim. Deixar o não pra outro dia, um dia que sempre será depois de amanhã porque o amanhã é dela e ela é sim, meu sim, meu eterno sim.

Então, a André e Josy, Dani e Dudu, Alê e Gi, Maíra e Fafinha, Léo e Tati, Fonsa e Fernanda, desejo aqui que nossa crônica, escrita diariamente com desventuras e trejeitos e atalhos e desditos possa ser grande, imensa, infinita como os amores jurados e por vezes até cumpridos. Pontuada em sorrisos e beijos esquecidos, exclamada em atrasos obscuros, titulada por mentiras sinceras, nossa crônica, sim, nossa, porque também é a crônica do Godo da Silva, nossa crônica poderá ser lida em muitas páginas e telas, enquanto houver o amor e enquanto houver quem se ame.