terça-feira, dezembro 27, 2005

Escolhas e outras coisitas mais

Eu tinha algumas opções. Na dúvida, não escolhi nada e voltei a fumar depois de dois anos livre do cigarro. Fumo um atrás do outro, principalmente quando dirigindo. É uma praga, a porra do cigarro. A gente tenta largar de qualquer maneira, mas não há razão que nos faça tomar a decisão certa. Assim define-se o vício, acho.

Foi uma decisão estúpida, mas prometo parar de fumar na próxima semana. Só que eu sou especialista em prometer coisas novas para a próxima semana. O problema é que, quando chega a hora de cumprir a palavra, putz, vai tudo para o espaço. No caso do cigarro, todo momento em que me pego tendo que decidir alguma coisa, sinto vontade de fumar. E fumo, merda. Pensei que as coisas poderiam ser mais simples. Talvez realmente possam e eu goste de complicar.

Acho importante perder algumas linhas para explicar minha motivação para começar a fumar. Peguei um trabalho de três meses meio intenso, segunda a segunda, das 8h às 20h. Ficava com sono e descobri que o cigarro me mantinha acordado. Daí para frente, um abraço, virei fumante. Já li num lugar que só é possível dizer que se largou o cigarro depois de três anos livre do vício. Vou ter que esperar ao menos o fim de 2008, agora, para alcançar a paz.

Escrevi sobre fumo, decisões e promessas. Prometo decidir largar o fumo ou decido fumar para cumprir promessas ou fumo para decidir quais promessas cumprir? O jogo de palavras é divertido, faz efeito, mas não leva à nada. Promessas e decisões são substantivos inócuos, sem significado fora de um contexto. O cigarro, ao contrário, é nocivo sempre. Taí a prioridade.

Mas eu gosto de charuto, disso não tenho dúvida e disso eu não quero me livrar.