Leandro, achei que um comentário apenas não seria justo com o Dylan. Por isso vai aí um postzinho para comentar o seu, amigo.
Só quero lembrar - e preciso lembrar aqui porque, você sabe, lembranças devem ser compartilhadas para existirem fora de nossas cabeças - que fui no show do Dylan na Apoteose, aquele mesmo em que os Stones eram a atração principal. Acho que teve Cássia Eller e Barão também, ou algo assim.
Eu era fã, mas não era tão fã quanto você, tenho certeza. Só que o show me encantou demais. Mais até do que as chamas do Sympathy for the Devil. Como tudo, claro, houve poréns e esses, os tais poréns, não foram causados pelo Dylan, que apesar de ser como todo mundo, como ele mesmo gosta de lembrar, não apresentou poréns naquele dia. O problema foram os fãs ou ditos fãs do Stones que ficaram gritando para aquele velho no palco com uma gaita e um violão se mandar. Sabe a gente gritando "toca Raul" para os shows ruins Brasil afora? Toca Raul, Dylan é foda, né?
Mesmo assim, não me arrependo daquele sábado. Mesmo apesar de ter sido bem no meio de um feriado de Páscoa e de ter aturado aqueles mongóis. Dylan tem dessas coisas. E depois eu vou querer o livro emprestado.