segunda-feira, maio 02, 2005

Jobi e Bocetas ou O lado mais escroto de André Miranda

Sim, sim, como puderam reparar, vou novamente falar de sexo por aqui. As vidas dos autores desse blog andam meio conturbadas (conturbada não quer dizer infeliz, hein!) e nada melhor do que falar de sexo para arrancar sorrisos no Rio e em Belém.

O sexo, como Freud e todos nossos leitores com mais de 13 anos bem sabem, é a parte mais importante da vida das pessoas. Relacionamentos acabam ou nunca começam se o sexo for ruim. Até sua abstinência voluntária é fator de auto-reflexão. Bento XVI, aquele alemão que escolheu um nome santo na semântica em contrapartida ao nazista de alta patente Ratzinger, perde uns minutos de seus dias pensando no porquê de não comer sua freira confidente, acreditem.

Apesar disso, de o sexo ser tão importante, cheguei à conclusão, conversando com o amigo Rafa T., que o Jobi tem mais valor do que uma boceta. Pausa fundamental: gosto de bocetas, sou um estudioso do cunilingus e não sou gay.

A explicação não está na boceta, mas no Jobi. Aquele lugar é maravilhoso, tem um bom chope, boa comida e um ambiente aconchegante demais. Mas não mais do que uma boceta, tudo bem, deixem-me terminar. Não vou me perder em comparações estúpidas, garanto, como dizer que o Jobi fecha mais tarde do que uma boceta e, apesar de ter fila, ela anda mais rápido. Vamos em frente que tenho melhor argumento do que esses. Fé, fé, tenham fé!

Uma vez cheguei no Jobi sozinho, daquele jeito deprê que muitos estão acostumados. Era uma bela tarde de domingo de muito, muito sol. Uns amigos estavam no Posto 9, mas se digo preferir o Jobi a uma boceta, não vai ser o Posto 9 que vai me tirar de lá, né? Havia passado na Letras e Expressões e comprado "Sonhos de Bunker Hill" numa edição de bolso. Escolhi uma mesa no fundo, para minimizar o perigo de ser visto e incomodado. Pedi o primeiro chope, com o cuidado de deixar bem claro que o copo não poderia ficar vazio, apesar de ter certeza que os garçons do Jobi têm esse cuidado naturalmente.

Só saí de lá catorze chopes e oitenta minutos de leitura depois. Feliz da vida, relaxado, momentaneamente curado da depressão. Esse efeito, garanto, uma boceta nunca provocou em mim. Caso faça uma dia, caso, juro. O prazer do Jobi durou horas, mais de 24, aposto. Incomparável.

Também tinha uma história de boceta para deixar esse post ainda mais divertido, mas desisto de contar pelo tardar da hora. Eu durmo, lembram? Sonego a história, mas não sua conclusão: acho que não entendo nada de bocetas e por isso prefiro o Jobi. Mas continuo especialista em cunilingus, o que de longe não é a mesma coisa.