quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Ah, Emanuelle Béart, quanta besteira já deve ter sido feita em seu nome. Essas linhas seguem para computar outra mais na contagem. Ai de mim. Fui assistir Nathalie X por esses dias, que covardia. Emanuelle é Nathalie, mulher da vida que se vê contratada por uma esposa em crise com o intuito de seduzir o marido infiel e narigudo da tal esposa (que como disse, está em crise) e relatar, com detalhes, seus encontros para a contratante. Que covardia, precisei de uma dose de Absolut, a Playboy da Luma e dois chopes pra deitar e dormir em paz. Imagine você a Emanuelle Béart, os olhos submissos dela, seus lábios perenes, a fumaça do cigarro, o gosto do vinho, tudo isso descrevendo cientificamente um suposto adultério. Como o marido infiel a penetra, lambe, morde, cobiça e goza. A esposa pergunta se ela gosta, se é recíproco, se é bom e ela, Nathalie, responde com ares de Emanuelle que sua profissão é enganar, ela, atriz, meretriz. Uma Absolut, por favor.

Mesmo assim, com uma mulher dessas no mundo, o Irã quer explodir uma bomba-atômica no Texas, com certeza só pra liquidar com o Bush. A recíproca deve ser verdadeira, cada país tem seu próprio Bush que merece, seu próprio Texas, seu próprio erro. Eduardo Suplicy poderia pedir um microfone e cantar a todos, em nome de Emanuelle Béart, que fiquemos jovens para sempre, que paremos de matar, talvez possamos encontrar a salvação. Talvez Emanuelle Béart seja o algo a mais que os árabes fantasiem sob as burcas e o algo a menos que Bush vivencia em Barbara, nunca iremos saber.

Um sujeito que considera destruir o lugar onde pisa Emanuelle Béart só pode ser um idiota. Disso eu tenho certeza.