Ah, Emanuelle Béart, quanta besteira já deve ter sido feita em seu nome. Essas linhas seguem para computar outra mais na contagem. Ai de mim. Fui assistir Nathalie X por esses dias, que covardia. Emanuelle é Nathalie, mulher da vida que se vê contratada por uma esposa em crise com o intuito de seduzir o marido infiel e narigudo da tal esposa (que como disse, está em crise) e relatar, com detalhes, seus encontros para a contratante. Que covardia, precisei de uma dose de Absolut, a Playboy da Luma e dois chopes pra deitar e dormir em paz. Imagine você a Emanuelle Béart, os olhos submissos dela, seus lábios perenes, a fumaça do cigarro, o gosto do vinho, tudo isso descrevendo cientificamente um suposto adultério. Como o marido infiel a penetra, lambe, morde, cobiça e goza. A esposa pergunta se ela gosta, se é recíproco, se é bom e ela, Nathalie, responde com ares de Emanuelle que sua profissão é enganar, ela, atriz, meretriz. Uma Absolut, por favor.
Mesmo assim, com uma mulher dessas no mundo, o Irã quer explodir uma bomba-atômica no Texas, com certeza só pra liquidar com o Bush. A recíproca deve ser verdadeira, cada país tem seu próprio Bush que merece, seu próprio Texas, seu próprio erro. Eduardo Suplicy poderia pedir um microfone e cantar a todos, em nome de Emanuelle Béart, que fiquemos jovens para sempre, que paremos de matar, talvez possamos encontrar a salvação. Talvez Emanuelle Béart seja o algo a mais que os árabes fantasiem sob as burcas e o algo a menos que Bush vivencia em Barbara, nunca iremos saber.
Um sujeito que considera destruir o lugar onde pisa Emanuelle Béart só pode ser um idiota. Disso eu tenho certeza.