segunda-feira, dezembro 06, 2004

Desmistificando os sadomasoquistas ou Quem transa em banheiros de metrô?

Eu tenho evitado o assunto, depois de ter sido chamado por alguns leitores de pornográfico demais. Usaram o termo "tarado", até. Mas não gosto de me reprimir e, sim, vou escrever sobre sexo novamente. Só que, desta vez, a premissa é boa, garanto. É que num desses programas de sacanagem que passam à noite no GNT, uma mulher disse que o sadomasoquista acredita que o cérebro é o principal órgão num ato sexual. Cordas e palmadas, portanto, servem para excitar a mente. Isso eu já sabia mas, definitivamente, é um belo argumento e lembrarei dele daqui para frente, principalmente quando estiver com alguma garotinha bobinha e bem criada em colégios cristãos.

No mesmo programa, um casal explicou que a mulher gosta de ser amarrada, pois, nesse caso, não sente culpa pelas obscenidades realizadas pelo parceiro. Ou seja, ela é enrabada, até gosta, mas fica tudo bem porque não houve consentimento de sua parte. Estranha, a mente feminina. Fiquei até com vontade de ir num sex shop comprar aquelas bolas vermelhas para a boca. Aquilo é muito bacana. As meninas não conseguem falar e, ainda, tem alguma coisa para morder em caso de... vocês sabem.

O mais bacana do sadomasoquismo, em minha humilde e pouco experiente opinião, é criar uma realidade impossível. Submissão física não é bem aceita no mundo moderno - ainda mais quando envolve diferentes gêneros. Portanto, a fantasia de alguém mandando lamber os pés e outro obedecendo excita as pessoas. No fundo, é uma cena bem ridícula duas pessoas com roupas de couro, sendo que uma bate e a outra apanha. Mas tem gente - eu, inclusive - que gosta, ué!

Certa vez, quase comprei uma daquelas hastes duras que servem para manter as pernas sempre abertas. Prende-se cada ponta nos tornozelos e, bingo, uma mulher de pernas abertas todo o tempo. Puro êxtase. Desisti, por pensar que pouco usaria o artefato e seria dinheiro perdido. Meu chicote e minhas correntes ficam jogadas num canto do armário, do lado de uns álbuns de retrato. Sabem aquelas fotos que você só vai olhar de novo quando estiver bem velho e com saudades dos tempos de adolescência? Não estão num lugar de destaque, meus apetrechos eróticos, com certeza.

É que eu acho essa coisa toda meio falsa, sabe? Esses programas de sacanagem da GNT, por exemplo, só entrevistam os tipos mais estranhos. Mesmo quando um ou outro parece ser mais próximo do espectador comum, esses parecem forçar uma barra, parecem querer aparentar mais lascivos do que realmente são. A gama de entrevistadas ninfomaníacas, então, é impressionante. Já conheci moças que gostavam bastante de sexo, mas iguais àquelas da TV, nunca vi. São mulheres que juram que transam em qualquer lugar, seja no ônibus, no trabalho ou no banheiro fétido do metrô.

Eu tento acreditar o contrário, mas duvido que as pessoas gostem tanto de sexo assim. Acho que elas até querem gostar, mas se contentam com a variação de umas cinco ou seis posições em dez a vinte transas por mês. Isso é pouco, né, gente?