Rosa do Pixinguinha
Sabem aquela música que diz "my neck, my back, lick my pussy and my crack"? Pois bem, virei fã. Descobri a canção no último sábado, zapeando através das rádios FMs cariocas em busca de novidades do mundo pop. É uma tal de Khia que canta, uma mocinha desbocada que na capa de seu último disco, Thug Misses, aparece literalmente de quatro. E, claro, na capa também há um Parental Advisory bem grande.
E como eu fiquei muito tempo ausente do Inventando Dogmas, ficou-se um bom tempo sem se falar de cunnilingus por aqui. Não que o God, meu parceiro neste espaço, seja um leigo no assunto, mas o que ele curte mesmo é a contracultura, e de contra o cunnilingus não tem nada. Cunnilingus é pop, como prova com inigualável talento a tal Khia. Depois de ouvir sua canção, comentei com amigos minha descoberta e fiquei com cara de pateta ao saber que já não era novidade para ninguém.
Mas nenhum deles, os amigos, soube me dizer o significado da palavra "crack". Vejam, minha imaginação pode funcionar bem, até me divertir, mas a dúvida sempre restará. Portanto, alguém poderia me explicar, sem poupar palavras, o que a rapper pede para fazerem com o "lick my carck"?
Lembro de uma história que me foi contada em Eunápolis, cidadezinha baiana egocêntrica próxima a Porto Seguro. Um bom baianinho local - João, seu nome - brigou com sua esposa - Maria - no armazém da esquina de sua rua, que eu não me recordo o nome, com a avenida principal da cidade, que eu também não me recordo o nome, mas aposto que tinha um Magalhães em uma destas vias públicas. Maria reclamava que João não queria comprar pêssegos, pobrezinhos, preteridos por ameixas. Mas Maria reclamava, reclamava, reclamava muito. João, apesar de baiano e paciente, ainda era brasileiro e macho, sim senhor. Inadmissível para ele aceitar que sua esposa o destratasse logo na frente de José, seu ex-cunhado, dono do armazém.
- Maria, minha rainha, você vai ficar me tratando assim mesmo depois de eu ter passado bons minutos lambendo seu cu nesta manhã?
E Maria era baiana, gente. Mas tinha mãe cearense e avó paraibana. Pobre João, além de levar porrada, ainda acabou sem mulher.
(agora eu não estou ouvindo a Khia, mas sim o Pixinguinha cantando Rosa. E tenho certeza que as duas canções tratam de assuntos muito semelhantes.)