sexta-feira, julho 18, 2003

O Rei e O Talvez

Eu amo o rock. Sei que isso é a menor das novidades para os meus 3 ou 4 bravos leitores, mas é uma das poucas certezas que tenho na vida. Talvez seja culpa dos Bitols tocando Get Back no teto da Apple com os cabelos esvoaçantes na tevê. Talvez o culpado seja o Slash e sua introdução para Paradise City, que eu tenho na minha K7 desde o início dos anos 90.

De qualquer forma, como qualquer roqueiro que se preze, tenho as minhas figuras prediletas do álbum. Os Stones, o Led, o Nirvana, o Legião, o Bob, o Glamourama. E ele, sempre, The Pelvis. Hoje pude finalmente ver o especial para a televisão que a CBS (OU ABC ou NBC) gravou, o famoso "Comeback Special", de 68 - eu posso estar enganado, não me encham se for o caso.

Um crássico. Elvis todo em couro, saradão, topetudo, bancando o crooner num palco minúsculo. Foda. E ainda tem a parte onde a banda entra, e ele assume também uma senhora guitarra. O melhor de sua performance é o seu jeitão. O cara está absoluto naquele palco, diante de fãs embasbacadas e de câmeras que buscam cada trejeito. Ele sacaneia "Love Me Tender". Faz troça do seu olhar, satiriza sua fama de galã. E, entre um gracejo e outro, Elvis ainda canta muito. Quem é rei não perde a mejestade nunca. All the hails to The King.

Ao vê-lo naquele palco ser simplesmente o que o roquenrou pretende alcançar, não nos resta nada a não ser um sorriso. Elvis é melhor de todos.

Há cerca de meia hora atrás em cheguei à conclusão de que talvez tenha me apaixonado novamente. E estou sóbrio e de pijamas. Sempre que me apaixono acabo me fodendo de alguma forma. Vamos esperar pra ver qual é.