terça-feira, abril 15, 2003

Companheiros (II)

Gil - Não lembro exatamente quando conheci o Gil. Não importa, no dia seguinte esse cretino já era um dos meus melhores amigos. Foi impressionante como ficamos tão amigos tão rápido. O Gil tem tudo para ser uma pessoa genial e bem sucedida no futuro, mas antes deve perder um pouco desse comodismo que corre em suas veias. Ele é a pessoa perfeita para dizer as coisas que eu sei estarem certas, mas que hesito em acreditar. Admiro ele pela forma como se declarou para uma guria numa certa vez.

Marina - Talvez ela seja a única pessoa no mundo que já tenha me amado e odiado com a mesma intensidade. Estranhamente, gostamos das mesmas coisas mas discordamos sobre tudo. O que mais admiro na Marina é a forma como ela é transparente em seus sentimentos. Tão transparente que às vezes faz besteiras - e já me deixou puto e triste por isso. É a pessoa que mais me deu tapas na cara. Uma velha foto tirada na serra é a única forma de entender o significado de nossa amizade. Também já fui num motel com ela.

Luis - Roceiro, alcoólatra e pai. Admito que juntos, eu e Luis, somos extremamente irritantes. Já corremos pelados em Bacaxá, bebemos pinho brill e tentamos convencer uma guria a visitar um motel conosco, entre outras diversões. Luis sabe terminar as discussões de uma forma genial, mas às vezes insuportável. Ele é o detentor das verdades absolutas. Às vezes entramos em crise e confundimos nossas personalidades. Várias pessoas acham que deveríamos namorar. E eu também já fui num motel com ele.

Patrícia - Há muito tempo, num bairro muito distante, eu fui amigo dessa menina. Andávamos sempre juntos - eu, João, Paty e Ton. Ela se sentia o máximo no meio daqueles três garotões bobões que ficavam admirando seus belos seios. Acho que só o João realmente teve o que almejávamos. Há até uma especulação sobre a paternidade do filho da Patrícia. Outro dia ela me ligou, mas falou tanto que a última impressão que fiquei dela é a chatice.

Eduardo - Chato. Já viajei com ele inúmeras vezes e posso afirmar que ele é chato. O Eduardo convive com um duende em sua cabeça que lhe conta coisas e o faz tomar atitudes estranhas. Ele possui uma sinceridade invejável convivendo com um imenso coração e sempre tem opiniões secas e radicais sobre assuntos banais. Foi um dos responsáveis por uma das 3 viagens mais bacanas da minha vida ter sido realmente foda. Amo o Eduardo e ele sabe disso. Odeio quando ele fica deprimido.

Renata - Se eu simplesmente pudesse escolher uma pessoa para casar, essa pessoa seria a Renata. Apesar dos vários problemas que essa garotinha tem, ela é uma pessoa extremamente adorável, amável, amiga e companheira. Gostaria muito que ela acreditasse que ela é bem mais importante para mim do que pensa. Também gostaria que ela parasse de se importar com coisas pequenas. A Renata me odeia quando eu não falo as coisas que ela quer ouvir. Estava comigo noutra das 3 viagens mais bacanas que já fiz. E também já fui num motel com ela.